Pôster au!mor

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Maytê foi uma das fêmeas que nasceu de uma ninhada de aproximadamente 6 cachorrinhos. Ela precisava de um lar, mas ninguém a escolhia porque os outros filhotes eram machos e por serem machos, eram sempre os escolhidos. Do outro lado dessa história estava eu, com meus 15/16 anos, querendo novamente um animal de estimação. Alguns muitos anos antes, meu papagaio fêmea havia desaparecido misteriosamente, após dois anos de muito amor e sementes de girasol – mais um dos vários outros animais que não curtiam ficar comigo pra sempre – e já estava decidido que eu não iria mais me apegar com nenhum bicho. Até essa ninhada de cachorros fofinhos e peludos.
Minha mãe disse que não ia cuidar, seria um trabalho só meu. E também não queria fêmea, porque fêmea fica no cio e se bobiar dá filhotes e ela não queria cuidar de filhotes. O moço dono da mãe dos cachorrinhos falou que havia sobrado um único filhote, por sorte macho e me trouxe ele em uma terça-feira à noite. Me deixou ficar emocionada, como o dono do Matias, por uns cinco minutos para decidir contar que havia mentido e que o meu filhote macho, na verdade, era fêmea. Sinto muito mãe, é minha!
Maytê
Essa cachorra branca, de orelhas pretas, olhos amarelos e eu passamos por muita coisa juntas. As pessoas tinham um certo medo dela porque, digamos que ela me mordeu algumas vezes (e uma dessas vezes sangrou bastante). O caso é que ela sentia muito ciúme de mim, eu acho. Mas era legal quando eu estava dormindo e era acordada, às vezes, com algumas lambidas ou quando batia sem querer na coleira dela (que geralmente ficava pendurada na lavanderia) e no mesmo segundo ela mostrava o focinho na porta de vidro, porque coleira era sinal de passeio.
Maytê
Já esqueci muita coisa sobre ela, mas uma cena ainda muito clara na minha mente foi quando comecei a colocar as malas no carro que me levaria ao aeroporto direto para São Paulo. Todos estavam se despedindo de mim e a Maytê ficou apenas deitada no pátio onde ela costumava ficar. Só que no momento em que abrimos as portas do carro para entrar e ir embora, ela correu e ficou em pé na grade e quando eu a agradei, ela segurou a minha mão com as patinhas. Sei, eu sei que estou fazendo muito drama, mas juro que foi exatamente isso o que aconteceu e eu acredito que os cachorros entendem certas coisas (tipo que a dona dela estava partindo). Desde então, só a vi de novo umas 3 vezes, as viagens que eu fiz a Belém.
Maytê
Ela morreu em 21 de Abril de 2014. Pegou Cinomose no final do ano passado. Minha mãe ficou tratando com o veterinário, que sugeriu o sacrifício em um momento de piora dela. Só que enquanto eu pensava nessa possibilidade, ela ficou bem, embora ainda estivesse doente. Lá pelo dia 19 de Abril, voltou a piorar (não queria comer, não andava…) e, antes que eu voltasse a pensar no sacrifício, ela conseguiu ficar sem sofrer.
Fiquei e ainda estou muito triste. Vai ser estranho voltar na minha casa em Belém e não vê-la. Muito estranho. Mas essa história toda foi a minha inspiração para o pôster desse mês, que sinceramente, fiz para a minha própria parede. É meio que uma homenagem pra Maytê e algo legal de se ter enfeitando, para quem tem cachorro e entende como é todo esse sentimento. Chamei o pôster de “au!mor”: Au! de latido, fazendo um trocadilho com a palavra amor. Como sempre, o download é grátis por um mês (até o próximo dia 05).
download
Me envia uma foto, depois de imprimir e tal 🙂
Beijo!
Thyeme Figueiredo

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