Dinha

Diário

Há um mês eu adotei um cachorro. O objetivo da adoção era encontrar uma companhia pro perry, meu cachorro de 5 anos. Mudei de apartamento e o perry odeia ficar sozinho em casa, fazia um escândalo e embora eu pudesse talvez só tentar ensinar ele a se comportar quando não tivesse mais ninguém em casa, achei que adotar outro animal seria uma experiência mais legal pra ele e pra mim.

A Dinha foi resgatada por uma veterinária. Ela morava em um ponto de ônibus e foi encontrada em condições muito tristes: com os filhotes mortos dentro da barriga e o rabo quebrado. Eu encontrei ela na área de adoção de animais na feira “viva mais” do dia 7 e 8 de abril e dentre vários animais MUITO FOFOS, escolhia dinha porque ela era muito quietinha e parecia muito solitária se isolando pelos cantos. Como o perry é um cachorro mais estressado com outros animais, achei que ela não iria ter atritos com ele. Na indecisão sobre que nome dar pra ela, me deixei influenciar pelo nome escrito na carteira de vacinação que me entregaram: paradinha. Então dinha.

Para a minha surpresa, de paradinha ela não tem nada. No início eu tinha um pouco de medo de carregar ela pra subir as escadas e ser mordida e ela se escondia debaixo da mesa e ficava o dia inteiro lá. O pelo dela caía aos montes e o perry nem notava a presença dela, eles não interagiam. Mas depois de uma semana ela começou a mostrar mais confiança, aprendeu a subir no sofá, tentava brincar com o perry e começou a ficar mais independente. Até então eu imaginava que ela era uma cadela idosa. Com duas semanas levei ela pra uma consulta com a veterinária e descobri que ela tem no máximo três anos de idade. Descobri também que o rabo dela não tem nenhum movimento por conta de uma lesão localizada, provavelmente causado por uma paulada (associei isso ao fato de ela morrer de medo de vassoura). E a partir de então ela só foi ficando mais confiante e mais serelepe. Em resumo, ela é uma bebê brincalhona.

Ter um animal de estimação da trabalho e custa dinheiro pra cuidar direito, é quase como ter um filho mesmo. Eles têm personalidades diferentes, ficam doentes, precisam de vacina, de banho, de carinho e que brinquem com eles. Então eu penso que é preciso analisar com muito cuidado se você está mesmo disposto a adotar e adotar e depois devolver o animal porque ele não atingiu as suas expectativas é quase tão cruel quanto simplesmente abandonar. Eu não vou nem mencionar aqui o que eu penso sobre comprar animais, vou apenas dizer NÃO COMPRE. Existem muitos animais precisando de adoção e são seres vivos, não coisas.

Em pouco mais de um mês eu já não consigo imaginar a minha vida sem ela e por isso decidi dedicar um post aqui sobre isso, espero que seja só o começo de um longo relacionamento…

Não esquece de deixar um comentário pra dizer que a Dinha é linda haha

Beijos e até breve!

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1 Comment

  • Reply
    Gorgeous Junho - Blog opinião da designer
    1 Julho, 2018 at 11:26 pm

    […] A Dinha fez uma cirurgia de remoção do rabo. Vai fazer três meses que ela foi adotada e ela já chegou aqui em casa com um rabo sem movimento, fazia tudo em cima do rabo, que estava até com uma ferida. Daí toda vez que ia levar ela pra passear, tinha que segurar o rabo, isso enquanto ela tomava remédio para melhorar a infecção da ferida. Foi uma recuperação trabalhosa e eu fiquei muito tensa durante vários dias, observando ela o tempo inteiro e quase sem dormir de noite porque ela chorava. Mas ela se recuperou bem e agora já nem precisa mais usar o cone da vergonha. […]

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