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Resenha do livro A imortalidade de Milan Kundera

Livros

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“- Imagine que você tenha vivido num mundo em que não existissem espelhos. Você teria sonhado com o seu rosto, o teria imaginado como uma espécie de reflexo exterior daquilo que se encontra em você. E, depois, suponha que com quarenta anos tenham te estendido um espelho. Imagine seu espanto. Teria visto um rosto totalmente estranho. E compreenderia nitidamente aquilo que recusa a admitir: seu rosto não é você.”

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O livro “A imortalidade” de Milan Kundera, é mais um desses livros que eu precisava ler e li no momento certo. O livro é do mesmo autor de A insustentável leveza do ser, inclusive foi por isso que ele me chamou a atenção. O estilo do Milan Kundera é muito marcante, é como se o narrador de repente se transformasse em alguém que está conversando com você sobre os assuntos mais inesperados possíveis e de maneira brilhante.

A história trata exatamente sobre a ideia de imortalidade, o medo que praticamente todos nós temos de sermos esquecidos. Tem vários personagens e várias histórias dentro de uma só, mas que se conectam de alguma forma. Passa longe de ser um livro feliz, daqueles que você termina mais otimista sobre a vida. Pelo menos eu não senti nada disso, pelo contrário. É tudo muito realista e às vezes a realidade é tudo aquilo que a gente não quer. No final você percebe que absorveu coisas da história dos personagens, da história do próprio autor e um pouco mais de você mesmo. É uma leitura profunda e madura.

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A minha edição é da Companhia das letras e eu comprei na Fnac. Eu já tinha procurado pela internet mas não encontrei nenhum lugar pra comprar, então fiquei muito empolgada quando encontrei o livro na estante da livraria, com capa dura e essa ilustração que eu acho linda (♥). Custou R$54,00 e em resumo: valeu a pena.

Beijos e até mais!

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1 Comment

  • Reply
    Be you! - Blog opinião da designer
    13 Junho, 2018 at 10:58 pm

    […] eu li um livro que questionava o sentido de sermos nós mesmos. O que eu sou é o que eu aparento? É o meu rosto, o meu corpo? Como saber que o meu ser É MEU e […]

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